Vale a pena fazer um curso de japonês?

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Para aprender japonês é preciso fazer um curso ou é possível aprender sozinho? Vale a pena investir em um curso? Podemos conciliar um curso com um estudo auto-didata?

Estes são alguns exemplos de perguntas que recebo de visitantes daqui do blog. Por isso, neste artigo, vamos falar um pouco sobre curso de japonês!

Bom, quando eu comecei a dar os meus primeiros passos na língua japonesa, no ano de 2003, eu tentei aprender algumas coisas sozinho pela internet. Tentei memorizar tabelinhas com os alfabetos japoneses e tentei aprender a formar frases. Porém, acabei desanimando rápido, pois as informações eram muito espalhadas. Eu entendia uma lição (dos websites gratuitos) e a próxima parecia que já dava um grande salto em dificuldade, sendo que a partir daí não entendia mais nada.

Acabei entrando em um curso presencial aqui em minha cidade e foi a partir de então que meu japonês começou a ir para frente.

Não porque o curso era dos melhores, mas porque eu passei a estar mais comprometido com o japonês. Afinal, eu tinha que ir no mínimo duas vezes por semana até a escola e estudar o que era passado.

O comprometimento

Este é o primeiro ponto a favor de fazer um curso: Comprometimento.

Comprometimento é fundamental para aprender japonês. Quando entramos em um curso, estamos oficialmente comprometidos com nosso objetivo. Temos comprometimento com a escola ou professor, com as pessoas a nossa volta, além do comprometimento financeiro (onde buscamos dar valor ao que estamos investindo).

É como se matricular em uma academia para fazer exercícios. Sabemos que é possível entrar em forma fazendo exercícios por conta própria, em casa ou em locais públicos, mas o número de pessoas que tem sucesso indo a uma academia é maior, pois normalmente estas pessoas acabam ficando mais comprometidas.

É claro que é possível fazer um comprometimento apenas consigo mesmo, a ponto de manter a constância nos estudos. Mas de qualquer forma, o comprometimento é um ingrediente indispensável.

Tempo é dinheiro

Um curso de japonês envolve o trabalho de outras pessoas, ou seja, obrigatoriamente tem que ter um preço. Mas qual preço é mais barato, o tempo ou o dinheiro?

Em 2009 eu consegui dar minhas primeiras aulas de japonês, em uma escola de idiomas. Dava aulas algumas horas por semana e recebia em torno de 900 reais por mês. Isso para alguns pode ser muito, para outros pode ser pouco, mas na época eu era um universitário e isso me ajudava muito.

Mas o ponto é que a cada mês com esse trabalho, eu recuperava quase 1 ano de investimentos que fiz em aprendizado de japonês. Isso faz pensar: E se eu não tivesse investido em aprender japonês mais rápido, quanto isso teria me custado no final das contas? E se em 2009 eu ainda não soubesse japonês?

Dar aulas de japonês foi apenas um exemplo, existem inúmeras outras oportunidades profissionais que surgem a partir do momento que se sabe uma segunda ou terceira língua. Quanto mais você demorar para aprender, mais tempo irá demorar para usufruir delas, e quanto mais tempo demorar para usufruir delas,  mais caro irá ficar.

O tempo é mais caro que o dinheiro. Se eu tivesse demorado um ano a mais para estar apto a dar aulas, eu teria deixado de ganhar aproximadamente R$10.800,00 naquele ano. Só isso já compensou todo investimento que fiz em cursos, livros e também colaborou para que eu realizasse minha primeira viagem ao Japão.

Quanto custaria para você demorar um ano a mais para receber um aumento? Ou demorar um ano a mais para conseguir um trabalho que precisa da língua japonesa?

Ou ainda pior, imagina você ter que deixar passar uma oportunidade de estudar no Japão, ou ser enviado para lá a trabalho, porque ainda não sabe japonês?

Este é outro ponto favorável a fazer um curso, você ganha tempo.

O poder do método e como escolher cursos

Eu tenho um perfil relativamente auto-didata. Quando preciso de um conhecimento novo, faço buscas no Google, em livros e em qualquer fonte de informação que encontrar pela frente. Para ser sincero, não sou do tipo que faz muitos cursos, mas faço investimentos certeiros em conhecimento, sempre analisando o retorno que este me trará no longo prazo.

Por isso, seja em qualquer área, um dos investimentos mais certeiros em cursos são aqueles que me ensinarão um método que, se aplicado, irá transformar para melhor a maneira com que faço as coisas pelo resto da vida.

Digo isso porque eu demorei aproximadamente 9 anos para desenvolver a maneira de aprender japonês (e outros idiomas) que sei hoje, através de pesquisas e muita tentativa e erro. Sempre imagino como teria sido se, logo no começo, alguém já trilhou esse caminho tivesse compilado todo esse método em um pacote e eu pudesse ter estudado corretamente desde o começo.

Certamente teria aprendido japonês muito mais rápido e poderia ter começado a usufruir dele muito antes.

Quando invisto em um curso, o conhecimento em si é uma das últimas coisas que analiso. O que estou comprando de verdade é a experiência de vida daquela pessoa, que já trilhou um caminho que desejo trilhar e assim acabo ganhando uma espécie de atalho, tendo a oportunidade de repetir as coisas que funcionaram para ela e evitar as coisas que não funcionaram.

Conclusão

Você pode até pensar que eu sou suspeito para falar isto, afinal, eu tenho um curso de japonês. Mas o que eu estou falando aqui é exatamente o que eu considero e aplico em minha vida. Obviamente, acabo aplicando tudo isso que acredito em meu próprio curso também.

Resumindo, um curso vale a pena se ele servir como um atalho para você chegar onde deseja chegar. Se o curso garantir que você estará comprometido, fazer com que você ganhe tempo e passar para você um método que demoraria anos para você encontrar sozinho, valerá a pena. Além de cursos de japonês, isto se aplica a cursos de praticamente qualquer área.

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